TRÊS DICAS PARA MANTER O FOCO

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Fazer escolhas, definir metas e traçar planos é algo que se faz com frequência, mas por diversas razões os objetivos não são alcançados. Uma das razões mais comuns é a falta de FOCO suficiente para se manter a concentração necessária ao longo de todo o percurso.

As pessoas que conseguem manter a atenção no seu dia a dia, conseguem concluir suas metas e objetivos, obtendo resultados melhores em qualquer contexto, seja na vida pessoal ou profissional.

Isso porque o foco ajuda a mobilizar os recursos, canalizá-los para uma direção especifica, manter a consistência e a disciplina necessária até atingir a meta estabelecida.

A falta de foco leva à distrações, perda de direção, desorganização das prioridades, olhar em direções diferentes, começar outros projetos… enfim desviar antes de terminar, antes de concluir, trazendo perda tempo, energia, recursos e motivações.

Adicione a isso as distrações dos dias atuais como redes sociais, internet, mensagens online, bombardeio de textos, vídeos, imagens e outras atividades que tiram a concentração.

Sim, foco tem muito a ver com concentração no trabalho e na vida, mas também tem a ver com a sua organicidade, a forma como a pessoa se organiza. Por isso é importante avaliar a qualidade de como exercita o próprio foco enquanto luta para concretizar os propósitos pessoais.

 

  DICA  1 – APRENDER A LIDAR COM FOCO

 Quem não consegue prestar atenção nas próprias emoções dificilmente compreenderá os sentimentos de outra pessoa e muito menos se sensibilizará com os problemas do mundo
Daniel Goleman, psicólogo americano

Segundo Goleman, existe três tipos de foco: o foco pessoal, o foco nos outros e foco no mundo externo. Um bom líder precisa desenvolvê-los e saber intercambiar entre eles para fazer um bom gerenciamento da empresa. Isso também é valido para os projetos pessoais.

Portanto para melhorar a capacidade de manter-se na direção certa é preciso desenvolver os três tipos de foco propostos por Goleman.

 

 Foco pessoal ou foco em si mesmo

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Esse foco permite entender e controlar os próprios sentimentos e emoções, conduzindo a um autoconhecimento. A ideia central é que quem não conhece seus próprios sentimentos, não conseguirá entender as emoções das outras pessoas.

Esse autoconhecimento permite mapear mais claramente as decisões, manter um auto controle melhor, distrair-se menos com as situações cotidianas, além de facilitar a comunicação, os relacionamentos, as negociações, entre outras coisas.

Dicas para desenvolver esse foco:

  • prestar atenção nas próprias emoções, buscar o autoconhecimento e saber definir os próprios sentimentos;

  • pensar a respeito, pois não adianta apenas sentir. É preciso avaliar e questionar o porquê dos sentimentos em determinada situação;

  • e às vezes, buscar ajuda para manter a mente tranquila e, assim, pensar com clareza sobre as próprias emoções.  Um bom recurso é desviar a atenção da emoção através de exercícios respiratórios. Quando a atenção se concentra na respiração, automaticamente a mente é esvaziada dos problemas que incomodam e permite uma reflexão mais tranquila posteriormente.

 

 Foco nos outros

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Esse foco permite ouvir, compreender e se colocar no lugar dos outros. Dessa forma desenvolve-se a empatia, isso é a capacidade de dar a devida atenção ao outro e compreender o que está sentindo.

Essa atenção ao outro é que leva o ser humano a ter sentimentos nobres como a compaixão ou a ter mais paciência, compreensão e bom senso em situações delicadas.

Uma boa dica aqui é desenvolver aspectos relacionados à liderança assertiva.

 

 Foco no mundo externo

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Consiste em ter foco em tudo o que acontece ao redor e de como as próprias atitudes impactam no mundo. Esse tipo de atenção favorece o desenvolvimento de uma consciência social e uma maior sensibilidade aos problemas mundiais.

Ao desenvolver esse olhar para o mundo externo, a capacidade de ouvir e de questionar as situações também será aprimorada. E isso poderá ajudar no desenvolvimento do gerenciamento da empresa e de projetos pessoais.

Será mais fácil estabelecer estratégias mais visionárias, ou avaliar vantagens existentes com vantagens potenciais, ou conciliar oportunidades atuais com futuras, que não se revelariam sem uma maior percepção do mundo.

 

  DICA 2 – APRENDER A LIDAR COM AS DISTRAÇÕES

Manter o foco exige aprender a lidar com as distrações e as principais podem ser divididas basicamente em dois tipos: sensorial e emocional

 

Distração Sensorial

O cérebro se distrai com estímulos causados por sons, sabores, cheiros e sensações que roubam a atenção enquanto uma atividade é executada.

Basta se imaginar lendo um importante relatório quando o cheiro de um delicioso café chega próximo ao horário do lanche… essa distração só não incomodará se a concentração for maior no que estiver fazendo.

São distrações que não chegam a desviar completamente a concentração necessária para continuar o que se está fazendo.

 

Distração Emocional

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São sinais ao cérebro carregados de conteúdo emocional e vem de dentro da pessoa.

Desta vez imagine-se participando de uma reunião agitada numa sala, com conversas paralelas, compenetrado nas trocas de informações, mas ouve seu nome ser citado no corredor. Por mais centrado que esteja nas pessoas na sala, poderá se sentir incomodado até saber como ou porque o seu nome foi lembrado.

A distração emocional consegue roubar a atenção com mais facilidade do que a sensorial. Para bloquear a sua influência no desvio do foco é preciso desenvolver a atenção seletiva para inibir possíveis emoções. É preciso aprender a sustentar o foco em meio a turbulências emocionais, a manter a calma durante as crises e a conservar o prumo, apesar de tudo.

 

  DICA 3 – OITO TÁTICAS PARA MANTER O FOCO 6171907581_53558d27a0_b

A capacidade de concentrar-se em algo por vontade própria, controlando impulsos e ignorando distrações pode ser melhorada, através da prática de algumas estratégias. Eis algumas:

             √ Mudar o foco na hora certa

Uma técnica fundamental para manter a concentração é saber mudar o foco na hora certa. Em um estudo, realizado pelo psicólogo Walter Mischel na Universidade de Stanford com crianças, eram oferecidas a elas duas alternativas: comer um doce na hora ou esperar 15 minutos para receber mais guloseimas. As crianças que desviaram a atenção do doce conseguiam esperar mais do que as crianças que mantinham a atenção focada na gulodice.

Esta mesma técnica é que precisa ser usada para um trabalho não ser interrompido porque a espera por uma resposta faz com que o e-mail ou as redes sociais sejam checados a cada cinco minutos, quando já se sabe que o retorno desejado irá demorar mais tempo do que isso.

Aqui é preciso aprender a identificar situações em que está estratégia pode ajudar e desenvolvê-la com treino e persistência.

            √ Consciência de que se perdeu a concentração

A mente pode facilmente perde-se em devaneios no meio de uma atividade que exige muita concentração e demorar para retornar ao seu foco principal. Não há como evitar isso. O segredo é simples: assim que se percebe que sumiu o foco, tornar a cria-lo, quantas vezes for preciso. A atenção é algo que necessita ser treinada e fortalecida por esse simples exercício: colocar a atenção de novo no que deve.

              √ Estar no aqui e agora

Sair do piloto automático em tarefas corriqueira para treinar manter a atenção no aqui e agora, para não desviar-se para a divagação. Ao adotar esse comportamento em situações corriqueiras, sem grande pressão ou distrações, treina-se para que o mesmo comportamento se repita em situações mais complexas, que exigem um maior exercício do foco.

              √ Saber que é mais fácil concentrar-se no que se gosta

É mais fácil manter a atenção em um trabalho estimulante e gratificante, principalmente no trabalho. Quando isso não é possível, é importante saber da importância do que precisa ser feito ou encontrar uma motivação que sustente o trabalho, para conseguir lidar com o tédio e a falta de atenção que podem surgir durante a atividade.

                √ É preciso perder o foco por algum tempo, de vez em quando

Estudos demonstram que a mente precisa divagar para conseguir soluções para questões não resolvidas. A divagação pode prejudicar a atenção imediata em alguma tarefa especifica, mas ela precisa acontecer para resolver problemas mais complexos ou exercer outras funções necessárias a vida, como autorreflexão, criatividade, organizar informações e lembranças, entre outras coisas. O aprendizado aqui é separar os momentos quem é necessário manter o foco para exercer tarefas dos momentos em que se pode relaxar e distrair-se.

                  √ Aprender a dizer não

Antes de assumir algo, questionar se aquilo está dentro dos objetivos escolhidos, se contribuirá efetivamente para alcançar o que se deseja. Se não estiver dentro das prioridades, aprender a dizer não, a delegar ou atribuir a tarefa a outra pessoa. Isso poupara tempo, espaço e recursos para o que é realmente importante.

                   √ Manter a energia positiva

Às vezes manter o foco constante em uma atividade pode desgastar e diminuir a produtividade. Para manter um estado positivo de realização de tarefas é interessante programar algumas paradas de 5 a 15 minutos e fazer alguma pequena atividade diferente como tomar um café ou conversar um pouco com alguém sobre um assunto diferente. Essa ruptura de foco pode também ser realizada quando se percebe que o interesse tarefa diminuiu consideravelmente. Parar um pouco para reestabelecer uma energia positiva e retornar ao trabalho pode ser muito revigorante.

                      √ Cuidado com multitarefa

Ter a atenção em várias tarefas ao mesmo tempo ou mudar rapidamente o foco entre diversas atividades, pode prejudicar o rendimento. Para não incorrer nesse erro, estabelecer o que é prioritário e essencial para ser resolvido e focar nisso. Se precisar, estipular um horário definido para fazer as ligações telefônicas, retornar recados ou outras tarefas rotineiras. Como também estabelecer pausas para revigorar a energia e terminar o que precisa, no prazo estabelecido.

 

Manter o foco no que se quer, enquanto se caminha pela vida não é uma coisa simples, mas ter uma maior consciência do próprio nível de maturidade de quanto consegue exercer e saber lidar com as distrações, principalmente as emocionais, ajuda muito a sustentar a atenção na realização dos objetivos e ser uma pessoa mais realizada na vida pessoal e profissional. O processo de coaching pode contribuir nesse processo. Definir suas metas, descobrir o que o tira do prumo e ajuda-lo a construir seus sonhos! Desafie-se: o coaching pode ajudar

 

ALGUMAS SUGESTÕES 

  1. Clique aqui e faça um teste rápido sobre foco.
  1. Filme curto sobre foco. Clique para assistir. 

Este vídeo mostra um ursinho muito irrequieto em uma fila. E como não tem paciência para permanecer tempo suficiente para chegar à sua vez, acaba não sendo atendido. 

  1. O livro de Daniel Goleman

foco_livroGOLEMAN, Daniel. Foco: a atenção e seu papel fundamental para o sucesso. São Paulo: Ed. Objetiva, 2014.

 

 

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