ESSA AUTO SABOTAGEM ESTÁ A SERVIÇO DO QUÊ?

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Tudo estava arrumado para dar certo. Bruna tinha cuidado pessoalmente para que toda a estrutura necessária estivesse conforme o esperado e tinha total domínio do planejado… e no final deu tudo errado!  De novo!

Ela passou meses negociando aquele contrato com todas as empresas envolvidas, fez as visitas técnicas necessárias, mapeou e analisou os mercados alvos. Além disso, verificou detalhes legais de cada país, garantiu que as adaptações dos produtos fossem estudadas e aprovadas tanto pela engenharia como pelos clientes. Estava na fase final de fechamentos dos contratos. Uma vez assinados, era só produzir e exportar para os representantes comercializarem as vendas.

Ai aconteceu… um e-mail de um parceiro, perguntando sobre uma questão legal do país dele.  Não estava localizando a solução previamente discutida na minuta do contrato que ele tinha acabado de receber.

 “Como assim?!” Bruna não acreditava no que estava acontecendo. Este detalhe levantou toda uma discussão, com extensa troca de e-mails entre todo mundo, porque adaptar o projeto ao tal detalhe significava custos não previstos, orçamentos não previstos, documentos não previstos… e deu tudo errado a partir daí. Ela simplesmente perdeu a chance de um negócio muito lucrativo, no prazo que previra. Tempo e dinheiro desperdiçados e muito mais trabalho pela frente.

E nem podia brigar com o parceiro. Ele realmente tinha “levantado a lebre”. Mas esse detalhe se perdeu nas idas e vindas das negociações. O que realmente incomodou Bruna era que essa não era primeira vez que ela quase fracassou por conta de um pequeno detalhe que deixava escapar!

Começou um processo de coaching para resolver isso de uma vez por todas. Sua meta era ser bem sucedida e queria entender porque se auto sabotava. Não era lógico, mas havia uma repetição na forma como impedia a si mesmo de obter sucesso em grandes negócios. Queria entender como e porque isso acontecia.

No processo de coaching, aprendeu que a auto sabotagem pode estar relacionada a uma associação de dor e prazer, que a pessoa atribui ao mesmo tempo a alguma situação ou ação que normalmente faz.

Ao mesmo tempo que se deseja alguma coisa, que traz algo positivo, também se evita pois carrega algo desagradável. Dependendo do que estiver mais forte, se a dor ou o prazer, a pessoa pode adotar uma atitude de fuga da dor e se sabotar em relação ao possível prazer que teria. Enfim, aparentemente deseja muito atingir um objetivo, mas tem alguma memória de dor escondida nisso.

Então o sucesso nos negócios lhe trazia muita satisfação, mas alguma crença associada a um excelente êxito a fazia agir contra si mesmo. Precisava tomar consciência das razões que a levaram a adotar esse comportamento, que ela repetia de forma natural e automática, só percebendo os prejuízos no final.

Refletiu muito sobre algumas perguntas que a Coach lhe fez… o que ganhava quando conseguia o que queria e o que perdia se não fizesse. Isso deixou claro para Bruna os motivos que a levavam de forma direta a fazer ou não fazer alguma coisa para atingir seus objetivos nas negociações. Queria obter o máximo possível e lutava profissionalmente para isso.

Mas ficou muito mais interessante quando parou para pensar na proposta que a Coach lhe fez: “Bruna, pense o que você tem a ganhar se não fizer e o que perde se fizer?”. Tomou consciência de alguns motivos pelos quais se auto sabotava para não ter o sucesso que tanto queria.

No fundo tinha a crença inconsciente que um grande sucesso traria consigo uma responsabilidade que não daria conta e que, fatalmente, levaria a um grande fracasso e um tombo fenomenal. Para evitar repetir cenas que tinha assistido na infância, na sua família, ela corroía seu sucesso, fazendo escolhas erradas, tomando decisões equivocadas, esquecendo pequenos detalhes importantes, pondo tudo a perder.  No fundo, Bruna tinha medo de brilhar e correr o risco de perder tudo… e sentir novamente as emoções negativas diante do fracasso dos pais e falta de proteção, que tanto a machucaram quando criança. Inconscientemente, ela imaginava que protegia a si mesma ao evitar o máximo.

Perceber esse mecanismo foi libertador. Trabalhou a crença que trazia desde criança, afinal era extremamente competente e sentia que estava preparada para atingir suas metas pessoais. Com a ajuda da Coach, exercitou novas atitudes e pensamentos. Reavaliou seu sistema de trabalho. Fez planos pessoais e profissionais, com objetivos claros. Sentia-se confiante e energizada.

E o melhor foi que Bruna percebeu já na transação seguinte – quando identificava novos mercados, fornecedores e estruturava o negócio, que ela estava muito mais atenta consigo mesma para não cometer pequenos deslizes e conseguindo construir seu sucesso com tranquilidade e firmeza

 

 

Bruna percebeu que se auto sabotava e buscou respostas. Sabia que precisava mudar algo e que precisava de ajuda, porque sozinha não conseguia fechar a equação.

E você? Quantas vezes fez algo que lhe prejudicou mesmo sabendo qual seria o resultado? Ou deixou de realizar algo que sabia que era importante fazer? Tomar consciência de crenças conflitantes e mudar as atitudes, coisas básicas para terminar com a auto sabotagem. O processo de coaching pode ajudar nessa caminhada, com certeza.

 

Aviso: qualquer semelhança é mera coincidência.

2 thoughts on “ESSA AUTO SABOTAGEM ESTÁ A SERVIÇO DO QUÊ?”

  1. Excelente abordagem de um assunto ao qual estamos muito pouco familiarizados.
    Fatalmente estamos sofrendo com isso e nos acostumando aos fracassos como “coisas da vida” ou “comigo nada dá certo!”.

    1. Lucimara… a vida as vezes só pede um pouco de coragem para sairmos da paralisia ou de situações incomodas… O Coaching é um processo que ajuda e muito nessa caminhada.

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