MEDO: AMIGO OU INIMIGO?

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É possível ter-se medo de algo, de alguma coisa ou de alguém, em maior ou menor grau, mas os medos podem ser amigos ou inimigos. Qual a diferença?

O medo é amigo quando age como mecanismo instintivo de proteção, quando evita que nossa integridade física, emocional ou mental corra algum tipo de risco. Aprendemos desde cedo a identificar situações, pessoas ou coisas potencialmente perigosas ou que nos incomodam. Isso é válido.

A questão é quando o medo fica muito intenso, passa de um determinado limite, fica constante e provoca a paralisia em nossas ações, limitando nosso crescimento individual e profissional. Geralmente, a partir de uma situação negativa, que não trabalhamos direito os seus significados e consequências, generalizamos e criamos crenças limitantes em relação a nós mesmos, nossos sonhos e projetos. Ai, ele se torna nosso inimigo.

Diante de um medo, faça algumas perguntas básicas:

  1. Baseado em que situação concreta, eu penso isso? Quais são as evidências concretas, especificas, que me levam a pensar isso?
  2. O que eu ganho ou perco se tentar fazer algo e não conseguir? Quais são as vantagens e desvantagens de não tentar nada, de permanecer onde estou?

 Outra forma de enfrentar uma situação potencialmente crítica e que leva a paralisia, é seguir alguns passos bem simples:

Primeiro, descreva em um papel a situação ou problema detalhadamente. Pergunte a si mesmo o que está realmente preocupando-o. Você provavelmente poderá descobrir que muitas das condições descritas podem ser resolvidas com um pouco mais de atenção.

Depois, permita-se pensar em quais são os piores resultados possíveis para aquele cenário. Avalie riscos, consequências, desdobramentos, etc. O medo geralmente provoca preocupações, que paralisam a capacidade de criar soluções. Aqui, ao se permitir avaliar os diversos resultados, ficará mais fácil encontrar outras saídas, que ainda não tinham sido vistas antes ou simplesmente não percebidas.

Muitas vezes esquecemos que mesmo o fracasso em alguma iniciativa é preferível ao estado de inércia na qual nos encontramos. O erro ensina. Observar o que foi feito, onde se pode fazer melhor, é uma excelente forma de aprender e conseguir o que se quer. O medo paralisa e cega para possibilidades diferentes do que já está estabelecido.

Por último, relacione o que pode fazer para não acontecer os piores resultados. Como minimizar os riscos, quais ações são mais assertivas, como se proteger ou se preparar para uma determinada conjuntura. Se precisar de ajuda, não hesite em busca-la, seja um coaching, uma terapia ou um amigo.

Em um coaching, o coachee (cliente) é levado questionar o que quer para si e como quer atingir seus objetivos. Nesse processo de autoconhecimento, é possível identificar a origem dos medos e trabalhar, de forma assertiva, para elimina-los. Geralmente, são momentos extremamente ricos, pois ao reconhecer a crença limitante e o comportamento de auto sabotagem, o coachee consegue trabalhar os aspectos negativos e traçar um plano de ação efetivo para modificar o que o incomoda e seguir adiante.

Ao definir seu sonho, o coachee elaborará um plano, com foco e determinação. O foco dará um significado claro ao que deseja atingir e a determinação para isso virá da força do sua vontade em realizar seus objetivos, sejam pessoais ou profissionais.

Os medos identificados não vão mais exercer um bloqueio intransponível e você conseguirá dar passos, etapa por etapa, aprendendo com cada experiência, erros e acertos. O medo deixará de ser um inimigo e poderá até se tornar aquele bom amigo que nos mostra saídas, nunca antes imaginadas.

Pense nisso!

 

 

Aviso: qualquer semelhança é mera coincidência.

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