Sueli estava de novo angustiada, lidando com mais um projeto mal terminado por conta de todas as tarefas importantes empurradas com a barriga para depois, mais tarde, outro dia…
A sua mania de procrastinar, que antes só a fazia trabalhar um pouco mais, realmente estava afetando o seu desempenho profissional. Andava estressada, se culpando e preocupada com onde isso a levaria no trabalho. Tomou coragem e procurou um Coach. Começou o processo para reconhecer o quanto procrastinava e como.
Primeiro, avaliou o quanto realmente estava comprometida e motivada com o seu trabalho atual. Precisou rever seus objetivos. Gostava do que fazia, mas tinha perdido um pouco o foco do que era realmente importante na sua vida. Isso colocou em uma nova perspectiva as ações rotineiras, que se acumulavam, que considerava desagradável e de baixa relevância. Ganhou clareza dos objetivos envolvidos, tanto pessoais como profissionais. Com isso, viu seu compromisso aumentar gradativamente, conforme novas lições foram aprendidas.
Aqui, aprendeu uma técnica simples, a “regra dos 2 minutos”, do livro de David Allen, “A arte de fazer acontecer”. O que levar até dois minutos para ser executado, não postergue. Faça! No mesmo instante em que aparecer. Porque uma ação de rápida execução não merece consumir mais tempo e energia para programar para depois. Ela se lembra até hoje do primeiro dia em que treinou isso. Como rendeu! Como se livrou de um monte de post its que ficavam na tela do seu computador.
Depois, descobriu que se distraia demais com redes sociais, e-mails e telefones. Não tinha ideia de como sua atenção era desviada facilmente. Isso alimentava seu impulso auto sabotador de ir fazer outra coisa, com a ilusão de que estava adiantando outro trabalho. Precisou treinar. Programar a ação e desconectar-se da internet até concluir aquilo que tinha se proposto. Desenvolveu foco, já que não tinha suas distrações habituais.
Para ajudar a superar seu impulso de “passear por outros assuntos”, assumiu um “compromisso público”. Pediu a um colega que exercesse uma cobrança, que a lembrasse de uma tarefa que precisasse ser finalizada. Também estabeleceu pequenos prêmios pessoais quando terminava um dia com a agenda resolvida. Curtiu cada café com guloseimas na sua doceira preferida.
Algo que ajudou muito foi rever como trabalhava. Aprendeu a fragmentar melhor cada tarefa, com espaço reservado na agenda para começar e terminar, listando por prioridades. A organizar melhor seu local de trabalho, ter uma mesa mais organizada, sem tantas anotações perdidas, em meio a trabalhos feitos pela metade. Aprendeu sobre gestão do tempo e matriz de prioridades. Pouco a pouco, foi aplicando e modificando seu dia a dia. Não se perdia mais, paralisada, sem saber o que fazer primeiro.
O que não sabia e descobriu no coaching é que, no fundo, no fundo, tinha medo do fracasso. Gostava muito do que fazia e dos projetos com os quais se envolvia, mas tinha medo de não ser capaz o suficiente para honrar com os compromissos assumidos. Deixava de fazer por achar que era muito para ela. E no fim, a paralisia era a certeza do seu fracasso. Quando entendeu isso, começou realmente a planejar e viver cada dia seu da melhor forma possível. Procrastinar já não era mais um problema para ela. Tinha objetivos claros, que lhe davam foco de objetivo. Comprometida consigo mesmo, enfrentou cada aprendizado proposto para mudar seu modo de ser.
E você, por onde a procrastinação se instala na sua vida? Vai adiar por mais quanto tempo? Pense nisso!
Aviso: qualquer semelhança é mera coincidência.
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