ESTRESSE: DÁ PARA ADMINISTRAR?

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Ele saiu batendo a porta. Sabia que tinha falado demais. Estourado era a melhor definição, mas naquele dia não conseguiu segurar. Dormiu mal e voltou ao trabalho, esperando o pior. Mas não foi o que aconteceu.

A empresa o surpreendeu. Na verdade o consideravam como um excelente profissional, tinham-no em alta conta e acreditavam que ele precisava de ajuda para recuperar o seu equilíbrio e performance. Encaminharam-no para conversar com um coach.  Antonio começou o processo de coaching ressabiado e com reservas. Mas era melhor atender à solicitação da empresa. Percebia que não estava bem e poderia ter problemas.

Antonio achava apenas que andava mais cansado do que o normal. Não estava conseguindo se recompor direito, com tanta insônia. E ainda tinha toda a pressão para coordenar o projeto atual em condições desfavoráveis. Para ele, foi uma surpresa perceber como o estresse o estava afetando, conforme as sessões de coaching aconteciam. E aprender como lidar com tudo isso foi gratificante.

Aprendeu que o termo foi utilizado pela primeira vez em 1936 pelo médico austríaco Hans Selye. Que consiste em uma resposta fisiológica, psicológica e comportamental que o ser humano dá para se adaptar às pressões internas e externas. Ou seja, funciona como um mecanismo de sobrevivência no enfrentamento de perigos, obstáculos e desafios.

No primeiro nível de estresse, o de alerta, o corpo se prepara, com várias alterações físicas, para ter uma reação rápida de luta ou fuga. Essas mudanças desaparecem assim que a ameaça que originou o estresse passa. O problema é quando a ameaça surge com mais frequência, exigindo mais e o corpo entre num processo de resistência. É nesta fase que aparecem a sensação de cansaço e desgaste, pelo esforço de se reequilibrar.

Se a pressão continua, pode-se entrar na fase de quase-exaustão, onde as doenças começam a se manifestar, pois o corpo não está mais conseguindo se adaptar ou resistir a agressão. Pode ocorrer desde hipertensão, problemas digestivos e doenças oportunistas em função da baixa imunidade do corpo. Na última fase, a da exaustão, o organismo se exaure e as doenças se agravam.

Para Antonio, o esforço para cumprir com os prazos do projeto, sem discutir adequadamente com os seus superiores sobre os problemas que enfrentava, mais a sua vida pessoal que passava por mudanças sérias, levou-o um carrossel de emoções e perda do controle, sem que ele percebesse o que estava acontecendo.

 Ao tomar consciência do quanto a situação o estava prejudicando, aceitou a ajuda do coach. O estresse é uma resposta normal do organismo aos embates da vida, mas pode e deve ser administrado para não afetar negativamente a pessoa, no seu desempenho pessoal e profissional.

Antonio começou a repensar no estilo de vida que estava levando. Fez exames médicos e passou realmente a cuidar de alguns problemas físicos. Reorganizou-se para alimentar-se melhor, praticar uma atividade física e dormir o necessário, para não sobrecarregar o organismo com toda aquela adrenalina como fazia antes. E aprendeu a não transferir para as atividades de lazer a cobrança por um desempenho perfeito.

O mais difícil foi reavaliar algumas crenças e pensamentos, que o faziam trabalhar sem estabelecer limites saudáveis para si e para a equipe como um todo. Como, por exemplo, achar que tudo tinha que sair perfeito da primeira vez e que errar não era uma opção para ninguém. Mantinha a si mesmo e todos a sua volta em constante estado de alerta.

Aprendeu muito sobre suas emoções e como se comportava na reação automática. Respirar por alguns segundos antes de sair cobrando, dava-lhe tempo para comportar-se mais adequadamente. Também reavaliou métodos de trabalho, como se organizava, prioridades profissionais e pessoais, entre outras coisas. Com calma, conseguiu conversar com os superiores e estruturar melhor os processos nos quais estava envolvido.

Ele ainda não está cem por cento, mas sente claramente como o processo está permitindo mudar a sua maneira de perceber o cenário e ter um maior equilíbrio para tomar suas decisões e agir, com menos adrenalina em jogo. Recuperou sua saúde, sua produtividade e sua motivação no trabalho. Tem uma liderança mais assertiva e aumentou sua resiliência para com os problemas do dia a dia.

O Coaching forneceu ferramentas para gerenciar situações críticas e não mais deixar a pressão subir a níveis tão desfavoráveis. No fim das contas, sentia-se mais feliz e novamente no comando da sua vida.

O estresse depende muito de como a pessoa interpreta e reage a situações potencialmente estressantes. O Coaching pode ajudar a identificar os sinais (físicos, cognitivos e emocionais) de estresse bem como a fazer o gerenciamento da crise, melhorando a inteligência emocional, a resiliência e hábitos saudáveis, construindo um caminho mais equilibrado e harmonizado com os seus objetivos pessoais.

Venha conversar a respeito. Será um prazer ajuda-lo.

 

Aviso: qualquer semelhança é mera coincidência.

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