BUSCAR UMA OPORTUNIDADE DE TRABALHO COMO SE CAÇA UM POKÉMON GO!

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Marcos estava chateado. Com a perna quebrada, não podia continuar a caçar seus Pokémons. Pior, ele tinha se machucado justamente durante uma de suas caçadas. Adorava esse jogo quando criança e, sem emprego, mergulhou fundo na brincadeira. Daí não viu direito por onde andava, enfiou a perna num buraco e pronto… estava fora do jogo!

Seus amigos vieram visita-lo e era interessante como eles se dividiam nesse assunto. O fato de ter quebrado a perna por conta do Pokémon Go acirrou as opiniões e discussões. Alguns deles achavam uma loucura essa febre toda e a forma como ela poderia ser viciante. Mas Marcos ainda achava muito cedo para conclusões precipitadas.

Também tinha gente do grupo que nem entendia direito do que se tratava mas já afirmava que não pretendia jogar. Ok, para esses Marcos explicou calmamente que não era só um jogo de celular. O Pokémon Go é um jogo baseado em realidade aumentada sobreposto ao mundo real. Por isso, as pessoas precisam andar pelas ruas das cidades para capturar e treinar o máximo seus monstrinhos.

Para ele, a forma como usaram tecnologia de realidade aumentada com geo-localização e uma boa pitada de nostalgia era uma sacada muito boa. Ele fazia parte de toda uma geração que cresceu jogando Pokémon e muitos outros jogos eletrônicos por horas e horas, só que sentado no sofá de casa. E agora podia sair e interagir com pessoas, jogando. Era genial!

Das discussões que aconteceram entre os amigos que vieram visitá-lo, uma chamou muito a sua atenção: a de Carlos. Como trabalhava com marketing e mídia digital, ele estava ligadíssimo em todas as discussões e análises sobre como o Pokémon Go mobilizou pessoas no mundo todo, em tão pouco espaço de tempo. Carlos contou várias histórias. Algumas positivas, como do menino autista que melhorou com o jogo ou de empresas que tiveram a produtividade aumentada por conta dos funcionários que jogavam, mas outras também negativas, como roubos de jogadores atraídos para algumas lojas pokéstops ou acidentes, como o dele. É, não dava para ignorar, o jogo provocou mesmo uma movimentação social incomum.

Mas Carlos não parou por ai: começou a falar da oportunidade de usar o game como uma ferramenta para incrementar estratégias de varejo. Falou de vários experimentos. Tudo ainda em estudo para entender o que motiva um usuário a sair em busca de um monstrinho virtual, esteja onde estiver. Desta forma, o pessoal de marketing poderia estabelecer um jeito de transferir o interesse pelo game para marcas e produtos em campanhas planejadas. E que já tinha até empresas criando novos negócios, tipo um serviço que ajuda e treina um jogador a melhorar sua performance e passar de nível, chocar ovos e assim por diante. Marcos achou tudo aquilo muito interessante, pois estava desempregado e quem sabe poderia usar o gosto pelo jogo a seu favor e se candidatar a alguma vaga nessa área.

Então, depois de todo esse papo de marketing, mais tarde naquele dia, recebeu a visita de Gisele. Ela era muito sua amiga e não deixou por menos…  Ele estava desempregado e a energia que investiu caçando os Pokémons, poderia ter sido usada na busca por uma nova colocação no mercado.

“Caramba, Gisele, eu gosto de jogar e não estava trabalhando mesmo…”, disse Marcos.

Mas Gisele não se fez de rogada e disse que também gostava de jogar, mas que Marcos precisava acertar a situação dele. “Já que está de molho, aproveita e coloca em dia suas anotações de busca de emprego. Depois, volta a jogar, mas não perde o foco do que é prioridade neste momento”.

E ela continuou a bronca: “Aliás, já que gosta de jogo, me diz, um zubat pode até vir até você sem muito esforço da sua parte… mas um Pokémon raro não vai cair no seu colo, assim do nada… Da mesma forma, um emprego dos sonhos também não!”

Gisele estava com razão! Se Marcos quisesse realmente um bom emprego tinha que se esforçar mais. A ideia dela de olhar além da sua rede de contatos e dos canais tradicionais de procura era interessante. Olhar para novos meios ou possibilidades diferentes. Precisava pensar nisso!

Ela até concordou com o Carlos sobre o que o pessoal de marketing está fazendo. Estudando pesadamente os tais pokéstops para ver como aumentar ou transferir valor. “Marcos, o que te impede de monitorar as empresas da sua região ou de seu interesse, com a mesma insistência?”.

Gisele contou que uma amiga fez isso. Estudou a fundo a empresa em que queria trabalhar e com isso conseguiu se destacar dos seus concorrentes a vaga na hora das entrevista. Sua amiga estava muito bem empregada, no que gostava e onde desejava.

O papo com a Gisele foi muito bom. Ele tinha quebrado a perna indo atrás de um Pokémon raro. Sabia o que queria e onde ele estava. Ter a mesma determinação na busca do emprego especial também valia um esforço maior ao que estava fazendo nos últimos tempos.

Percebia que estava atirando para todos os lados. Enviando currículos sem nem mesmo ver direito a vaga ou a empresa. Tinha perdido o foco e, com isso, persistência, paciência, estratégia… Entendia que a estratégia de buscar tudo não funciona num game e muito menos na vida real. Precisava reavaliar isso também.

Os bons jogadores sabem que todo jogo exige uma boa estratégia para se ter sucesso. O Pokémon Go também tem suas regras… se conectar com frequência, mapear e estudar os lugares, interagir com outros jogadores… Gisele deixou claro como gastava tempo e tinha uma rotina de jogo para aumentar o poder do seus Pokémons. E reforçou para Marcos que procurar bons empregos também exige as mesmas coisas.

Gisele estava certa! Enquanto a ouvia falar, comparando a busca por um emprego com o jogo, Marcos pensou o quanto estava desmotivado e como isso afetou a sua rotina de mapear oportunidades e fazer a sua parte. Gostava de jogar e provavelmente voltaria a fazê-lo assim que saísse do descanso forçado, de forma mais equilibrada e cuidadosa, com certeza. Por outro lado, a visita da Gisele o animou a ampliar e melhorar a maneira como buscava uma nova oportunidade, com mais foco, assertividade, ritmo e garra! Se podia sair de forma estratégica atrás de um Pokémon Go, com mais força ainda poderia “caçar” seu sonho profissional.

 

Às vezes busca-se uma oportunidade de trabalho da mesma forma como antes, sem repensar como se está ou o que se deseja. O Coaching ajuda você a se enxergar melhor, bem como a ter foco em suas estratégias, com melhores resultados nessa caminhada.

 

Aviso: qualquer semelhança é mera coincidência.

 

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