“Você precisa ser mais resiliente com as situações que não lhe agradam”. Com essa frase o supervisor de Ana encerrou a reunião naquele dia. Não era a primeira vez que ele lhe falava assim. Ela não entendia muito o que era essa tal de resiliência, mas ficou claro que sua indicação para a promoção dependia de melhorar sua capacidade de enfrentar contrariedades. Resolveu ler a respeito para ver o que fazer.
Descobriu que o conceito vem da física e se refere à propriedade de alguns materiais em resistir a pressões sem quebrar e depois voltar ao seu estado original. A psicologia diz que é a capacidade do indivíduo em lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações complicadas, sem ter um “ataque histérico”. Ela já estava começando a ficar preocupada mas se acalmou quando leu que é algo que se aprende.
Seu chefe estava com razão. Ana muitas vezes apenas reagia a uma situação desagradável, com suas emoções fora de controle. Tinha que começar a parar para pensar e pesar as consequências. Ela queria muito o cargo de líder de equipe. Tinha toda a competência técnica e experiência exigida. Mas precisava melhorar e, por isso, continuou pesquisando.
Suas pesquisas apontaram que no mundo corporativo, resiliência é definida como a capacidade para resistir, lidar e reagir de modo positivo em situações desconfortáveis, conseguindo retomar o equilíbrio emocional após cessar ou diminuir as pressões existentes no momento. Que as empresas desejam esse comportamento nos seus quadros profissionais, inclusive como uma vantagem competitiva. A resiliência é visto como uma forma positiva para contribuir na formação da equipe, desenvolvimento de maturidade emocional e contribuição efetiva para o ambiente empresarial, pois imprevistos sempre acontecem.
O legal é que localizou algumas dicas para desenvolver essa capacidade no trabalho. Perguntas para se fazer para avaliar a situação, enquanto busca estruturar outra saída para o caso em si.
Primeiro, verificar o que realmente aconteceu. O que gerou a situação em si. Perceber as emoções envolvidas. Que suas emoções, percepções, sentimentos e opiniões podem ser diferentes das pessoas envolvidas e que podem até mudar com o tempo. Ana compreendeu a necessidade de se comunicar de forma mais clara e respeitosa, menos tempestuosa, por mais razão que ela tivesse, com todos os envolvidos e entender o contexto, para encontrar soluções mais adequadas.
Segundo, culpar alguém por culpar não ajuda ninguém. Perceber as responsabilidades pelos acontecimentos e buscar alternativas de respostas mais assertivas. Uma análise mais apurada das condições e das causas possíveis ajuda a rever processos, procedimentos, até mesmo funções especificas. Sempre há o que aprender e melhorar, inclusive para prevenir novas ocorrências do “mesmo de sempre”. Isso com certeza levará a novas estratégias, ações, treinamentos, avaliações, monitoramento. Seja individualmente ou até mesmo dentro de um programa de desenvolvimento da equipe. Com certeza, como líder precisaria saber agir dessa forma.
Por fim, Ana leu a respeito do quanto barreiras e limitações internas (as chamadas crenças) a faziam reagir de forma inadequada frente a “situações que não lhe agradavam”, como dizia o seu chefe. Para melhorar teria que se conhecer melhor, ter mais aceitação de si mesma.
Trabalhar em si mesma coisas como otimismo, auto confiança, auto controle, consciência emocional… até supôs que era estranho dizer isso, mas acabou por concordar que um pouco de senso de humor sempre ajuda em muitos cenários complicados. No fim, percebeu que estava com vontade de mudar, de conseguir ser mais flexível e melhorar sua capacidade de se adaptar, de resolver problemas. Realmente fortalecer sua resiliência só iria torna-la uma pessoa e um profissional melhor, inclusive para aceitar o convite para liderar uma equipe, quando ele acontecesse. Cuidar dessa competência só aceleraria a realização daquele sonho profissional.
Ana buscou ajuda. Começou um processo de Coaching, que ampliou sua auto percepção e autoconhecimento, descobrindo quando era resiliente ou não resiliente, bem como as barreias e os limitadores que a levavam a uma resposta inadequada. Trabalhou firmemente e finalmente hoje não somente é líder de uma equipe, mas atua conscientemente para elevar a performance do time e ajudar seus liderados a serem mais resiliente com a vida!
E você, como percebe essa competência no seu dia a dia, na vida pessoal ou profissional? Como reage diante de imprevistos ou situações mais difíceis, com pressão maior?
O processo de Coaching pode ser uma ferramenta importante para modificar essas situações e resignificar crenças, trazendo-lhe um comportamento mais adequado.
Vamos conversar a respeito. Com certeza há formas para melhorar a sua resiliência!
*Aviso: qualquer semelhança é mera coincidência.
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